Em Roma (Itália)
Quatro pessoas deram entrada no hospital Santo Spirito, em Roma, todas com ferimentos leves, e outras 15 foram detidas. De acordo com a agência de notícias ANSA, a manifestação dividiu estudantes da direita e da esquerda italiana.
Francesco Morello, um dos proprietários de uma cafeteria da região, afirmou que a confusão só terminou depois da intervenção de policiais. Morello chegou a gritar com os manifestantes, mas não pôde conter que suas mesas e cadeiras fossem atiradas.
Outras manifestações foram confirmadas em Milão, ao norte de Nápoles e em demais cidades do sul. A reforma estudantil afetará os sistemas de ensinos elementar e médio das escolas públicas da Itália. Alunos da Universidade de Roma estão em greve desde o início do semestre em repúdio aos planos de privatização do sistema universitário nacional.
O projeto, feito pela ministra da Educação Mariastella Gelmini e chamado de “Decreto Gelmini“, foi aprovado no Senado com 162 votos a favor e 134 contra. Entre as propostas, constam a redução de 87 mil empregos do setor nos próximos três anos, o corte de 8 milhões de euros no orçamento para as universidades, a redução da carga horária de 40 para 24 horas semanais e a introdução de um professor único no primário, com exceção das disciplinas informática, inglês e religião.
Mas o ponto mais polêmico da reforma propõe o endurecimento das penas para má conduta – notas de comportamento abaixo de 6 em uma escala de 1 a 10 levam à reprovação.